Viagens

Semana passada escrevi um texto sobre uma viagem que fiz. Mas por algum motivo que eu nao sei,pois de informatica so sei onde esta o teclado...Em fim, nao achei o texto no lugar que deveria estar...Sumiu...Eu nao escrevo e salvo, nao tenho rascunho, entao a viagem ficou mais longa...E quem queria ler me perguntou, por isso fui procurar e vi que nao tinha nada.

Entao ca estou num domingo tentando escreve sobre a viagem e sabendo que agora ela ficou amis longa...Lembro o que falei mas nao sei repetir...Tenho que buscar no meu coraçao os sentimentos que me levaram a escrever sobre a viagem,e certamente vao se misturar com outros,pois ja se passaram dias,e ninguem é o mesmo,cada dia somos diferentes, como um rio que nunca corre da mesma maneira...

A viagem foi para o sul deMinas Gerais, para umaciade pequena e muito interessante. Nao tem cinema, nao tem trasnito, nao tem muita coisa...Mas tem o que nao temos ha anos aqui na cidade grande..Tem pessoas que sao simples, mesmo quando tem dinheiro, e passear na cidade onde todos se conhecem, e vce nao tem preocupaçao com assalto, é bem diferente...O ceu nao tem poluiçao, alias nao tem nenhum tipo de poluiçao,e a unica coisa que vi parecida com a nossa grande cidade é que o ser humano é igual...Tem fofoca, inveja, e essas coisas que desde que o mundo é mundo acontecem...
Sai daqui e passei por serras lindas, como a de Sao Jose, ela sempre me encantou, e ano apssado quando fui em Tiradentes mensalmente visitar meu filho e minha nora, pude realmente me encantar por ela...Depois fui em Boa Esperança ela conheci a serra da Boa Espernaça,como se cidade esperançpa precisasse do adjetivo Boa...Cidade do Rubem Alves, e como sou apaixonada por tudo que ele escreve, fiquei imaginando o que ela fazia, onde andava e o quem seria a mulher carrancuda que sempre varria a calçada pois a arvore sujava com suas flores.. Eu nao entendo como uma pessoa pode ficar irritada com as flores quecaem da arvore...So Rubem Alves a descreve tao bem..Ainda bem que nao achei a enjoada!!!!
Voltei entao pra Coqueiral, cidade onde fiquei uns dias, e me deu a sensaçao de voltar pra casa, e nunca tive casa com fogao a lenha, com liberdade de ficar a vontade pois nao tem perigo na rua...Edentro de casa tem amigos, mineiros e queridos, com bolod e fuba com queijo, com cafe colhido na roça,com carne de porco criado ali,na beira da casa.
Viajei pelo tempo e lembrei da tia Irene, morando emSao Paulo me dizia, comida de mineiro é a melhor do Brasil..E alem disso acrescento que dentro de Minas, as pessoas sao mais sinceras, sao mais mineirs...Posso sentir o cehiro da cidade, Coqueiral tem cheiro de cidade carinhos, e esse cheiro nao sente muita gente...
Cheiro de carinho faz a gente viajar pra muito poucos lugares...Viajo par casa de minha avó materna, viajo para o Riod e Janeiro qunado morei em suburbio e meu avo materno me visitava. Eu posso sentir essa viagem e agora adulta o cehiro vem de Coqueiral!!!!

Convido vce meu leitor fiel,a viajar assim...Faz um bem!!!!!!!!

Conhecer o outro

Eu nao a conhecia, pois afinal sabia quem era, via na rua, nos falavamos rapidamente, a familia toda é muito querida ,mas dizer que conhecia Monica naquela época, seria mentira...Conhecemos alguem quando sabemos o que ela sente, como ela reage e quais sao seus sentimentos...
Eu a conheci de verdade quando chorava e gritava pelo seu filho,na missa de setimo dia dele, aqui em frente de minha casa,na capela do colegio que ele estudou. Naquela hora so pude ser solidaria com a dor, nao adiantava eu tentar fazer nada...Prece sim, para que ela fosse amparada. E assim aconteceu. Meses depois eu estive com ela,na casa dela, revendo a familia toda, que faz parte de minha adolescencia,somos filhas de militares que serviram juntos. Ate ai, a hsitoria vai no curso comum, mae que perde um filho, de forma brutal,conheço a familia...
Mas desde entao, quando la estive visitando a familia, comecei a conhecer Momica... Na epoca revoltada,inconformada, doida e sem saber respostas para suas perguntas e que na verdade nao tinhamos tambem...
Pude entao conhecer a mae do Be,carinhosamente chamado por ela.Bernardo partiu ainda bem jovem...Mas a ligaçao entre mae e filho, jamais acaba.
Ficou Monica aqui para ensinar a todos como se vence dia a dia uma batalha sem fim...Como se vive a dor que nao tem nome e como se consegue tirar forças para ajudar as outras maes que tambem perderam seus filhos...
Monica sofreu o tempo que precisava sofrer, mas nao se cristalizou e nem se amarrou ao passado. Reinventando sua vida diariamente conquistava novos territorios. Bernardo nao perdeu seu espçao porque partiu,pelo contrario,ganhou espaço,preparando com ela, cada um no seu plano, outros espaços . A saudade de seu fisico, de seu fluido vital, essa fica e doi,mas Monica vence, levanta, e vai em frente. Abrindo espaços de esperança.
Monica enfrentou cancer, tem seus pais ja idosos que precisam dela e nao vejo hora nenhuma ela se afastar deles, nem afirmar que sua dor a impede de ajudar o outro.
Monica tem um sorriso, uma luz que a ilumina,que irradia como um Sol. Frequenta o grupo que compartilha a dor de quem perdeu um ente querido, leva otimismo,paz, segurança e certeza de que avida continua e que vale a pena viver.
Monica quando assumiu publicamente sua fragilidade,sua dor, seu cancer,nao interpretou personagem,mas mostrou quem era,sem medo de dizer quem era. Uma pobre mae, chorando a dor da perda de um filho,unico. Monica é referencia para nossa cidade,para nos todos, pois ela nao se escondendo, mostrou a todos nos,que ao se despojar da dor e ter que enfrentar ser alguem tao dolorida, encorajou outras mulheres,maes sofridas a lutarem para continuar o caminho.
Eu que a vi pequena na epoca que moramos no mesmo edificio de militares, e depois aqui em Juiz de Fora, a via com seu sorriso passeando pela cidade e trabalhando numa fazenda onde os produtos eram super saudaveis,acompanhei seus passos,posso agora dizer que a conheço, sem fazenda, sem o filho,mas com o sorriso de sempre e o coraçao,doido,mas saudavel, com muito amor e muita solidariedade.

Monica mae de Bernardo, é referencia para todos.

viagem